Acordo entre Mercosul e União Europeia é histórico e estratégico, diz Alckmin
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), celebrou o acordo comercial anunciado entre Mercosul e União Europeia nesta sexta-feira (6), classificando-o como “histórico e estratégico”.
Para Alckmin, o acordo constituirá uma das maiores áreas de livre comércio bilateral do mundo, reunindo cerca de 718 milhões de pessoas e economias que, somadas, alcançam US$ 22 trilhões.
Significado do acordo em um mundo polarizado e fragmentado
O vice-presidente destacou o significado do acordo “em um mundo polarizado e fragmentado”, afirmando que “isso é prova de diálogo, de boa política”.
Oportunidades para o Brasil
Alckmin afirmou que o acordo abre muitas oportunidades que podem ajudar a fazer o PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem mais, a renda e o emprego crescerem mais, e derrubar a inflação.
Estudos demonstram que as exportações brasileiras para a União Europeia poderiam crescer 6,7%, enquanto, nos serviços, o índice seria de 14,8% e, na indústria de transformação, 26,6%.
Próximos passos
Alckmin lembrou que o acordo não terá efeito imediato, pela necessidade de tradução para um total de 24 idiomas. Depois, precisa passar pela Comissão Europeia, pelo Parlamento Europeu e internalizar nos quatro países do Mercosul.
Segundo o vice-presidente, é difícil cravar uma data para a assinatura formal do acordo. Ele destacou que os próximos passos incluem, além da tradução, a votação, por maioria qualificada, no Conselho Europeu, e, por maioria simples, no Parlamento Europeu.
Superando resistências
Questionado sobre a posição de países que ainda resistem ao acordo, como a França, o vice-presidente disse esperar que “isso esteja resolvido”. “À medida em que você anuncia e celebra o acordo, ele está feito. O acordo é um ganha-ganha onde se abre mão de alguma coisa, ganha-se de outro lado, tem uma vantagem comparativa aqui, uma dificuldade ali”, disse.
Conclusão
Alckmin concluiu que o acordo é bom para os países do Mercosul, é bom para a União Europeia e também é bom para o mundo, para a geopolítica mundial. “Em um momento de fragmentação, de tensão política no mundo inteiro, dois grandes blocos abriram o mercado, celebraram um tratado, uma grande parceria”, finalizou o vice-presidente.
(Com Agência Brasil)
Júlio Rossato