Empresas brasileiras são apelidadas de aristocratas dos dividendos
Um estudo realizado pela Ações Garantem Futuro (AGF) em parceria com a consultoria Elos Ayta revelou as oito empresas listadas na bolsa de valores brasileira que mais aumentaram seus proventos, considerando valores nominais e ajustados pela inflação. Essas empresas são chamadas de “aristocratas dos dividendos Brasil”.
Metodologia internacional
A pesquisa foi inspirada na metodologia das dividend aristocrats, empresas do índice S&P 500 que aumentaram seus proventos por pelo menos 25 anos consecutivos. A metodologia foi adaptada à realidade nacional, levando em conta as particularidades do mercado brasileiro que dificultam a produção de estudos sem ajustes.
Empresas selecionadas
Foram selecionadas apenas empresas que demonstraram crescimento anual consistente na distribuição de proventos nos últimos cinco anos, considerando valores nominais e ajustados pela inflação, e que tinham uma média diária de negociações superior a R$ 2 milhões. Das cerca de 400 companhias listadas da bolsa de valores, apenas oito atenderam aos critérios do estudo.
Lista das empresas
- Banco do Brasil (BBAS3)
- Localiza (RENT3)
- BTG Pactual (BPAC11)
- WEG (WEGE3)
- TIM (TIMS3)
- Tegma (TGMA3)
- CSU Digital (CSUD3)
- Schulz (SHUL4)
Outros resultados do estudo
O Banco do Brasil apresentou o maior dividend yield, tanto nominal quanto ajustado pelo IPCA. Sete das oito companhias também proporcionaram ganhos de capital e, com o reinvestimento dos proventos, todas – exceto a Localiza – superaram o desempenho acumulado do Ibovespa nos últimos cinco anos. Cinco delas entregaram retornos acima da variação de 50,32% do CDI no período.
Recomendações para investidores
Os analistas recomendam que os investidores priorizem sempre empresas de setores resilientes e avaliem alguns indicadores antes de fazer as escolhas, como o dividend yield (DY), a relação entre preço e lucro por ação (P/L), a relação entre preço e valor patrimonial (P/VP) e o payout, sendo todos estes elementos com embasamento na análise fundamentalista.
Júlio Rossato