Presidente suspenso da Coreia do Sul não responde a intimação anticorrupção
O presidente suspenso da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, não respondeu nesta quarta-feira a uma segunda intimação das autoridades anticorrupção que, junto com promotores, estão investigando seu decreto de lei marcial de curta duração emitido no início deste mês.
Yoon não compareceu para interrogatório até as 10h (horãrio local) no dia de Natal, conforme solicitado pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO), após ignorar uma primeira intimação na semana passada.
Yoon também não respondeu em 15 de dezembro a uma intimação separada de promotores que estão investigando a declaração da lei marcial, disse a Yonhap.
Desafio repetido à intimação
Seok Dong-hyeon, um advogado e amigo de longa data de Yoon, disse a jornalistas na terça-feira que era improvável que Yoon comparecesse ao interrogatório desta quarta-feira, acrescentando sem elaborar que as condições ainda não haviam sido atendidas.
O desafio repetido de Yoon à intimação e o não comparecimento dele ao interrogatório geraram críticas e pedidos da oposição por sua prisão, citando preocupações sobre a potencial destruição de evidências.
Acusações de insurreição e abuso de poder
Promotores, a polícia e o escritório de investigação de corrupção iniciaram investigações sobre Yoon e outros funcionários sobre acusações de insurreição, abuso de poder ou outros crimes. Insurreição é uma das poucas acusações para as quais um presidente sul-coreano não tem imunidade.
Seok disse que Yoon está disposto a apresentar suas opiniões pessoalmente durante os procedimentos legais relacionados à declaração de lei marcial.
Júlio Rossato