CEO da Meta promete mudanças em direção à liberdade de expressão
Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, afirmou em discurso nesta terça-feira (7) que a companhia está promovendo mudanças em direção à “liberdade de expressão”. Zuckerberg afirmou que trabalhará junto com o presidente eleito, Donald Trump, para “impedir governos ao redor do mundo de irem atrás de empresas americanas e empurrar censura”.
Ele afirmou que, na América Latina, existiriam “tribunais secretos que podem mandar companhias derrubarem conteúdo de forma silenciosa”. Como outros exemplos de países que trariam dificuldades para as companhias, estão europeus que teriam “um número crescente de leis institucionalizando a censura e tornando difícil a construção de qualquer coisa inovativa”.
Moderação de conteúdo
Dentre as alterações na Meta, estão a mudança de moderação para uso do sistema de “notas de comunidade”. No discurso, o CEO afirmou também que a companhia “se livrará de restrições em diversos tópicos, como imigração e gênero, que simplesmente estão em dissonância com o discurso geral”. O CEO também citou que a companhia busca um retorno às raízes de dar voz às pessoas.
“Antes, tínhamos filtros que escaneavam qualquer violação de política. Agora, vamos focar esses filtros em lidar com violações ilegais e de alta severidade. E para violações de menor severidade, vamos depender de alguém relatar um problema antes de tomarmos uma ação”, destacou.
Novos membros do conselho
Além das mudanças anunciadas, a aproximação da companhia com Trump vem também através de novos membros do conselho. A companhia anunciou a indicação de três novos diretores para seu conselho, incluindo o CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC), Dana White, um dos executivos mais influentes da indústria de mídia e um destacado apoiador do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
Juntamente com White, a empresa de mídia social anunciou nesta segunda-feira (6) Charlie Songhurst, um investidor e ex-executivo da Microsoft que já aconselha a Meta sobre produtos de inteligência artificial, e John Elkann, CEO da Exor, uma holding controlada pela família Agnelli que possui participações em empresas europeias, incluindo a Ferrari e o Juventus Football Club.
Fonte: Bloomberg
Júlio Rossato