Acionistas pedem relatório sobre práticas que limitam acesso à saúde
Acionistas da UnitedHealth Group pediram que a empresa preparasse um relatório sobre os custos e o impacto na saúde pública relacionados às suas “práticas que limitam ou atrasam o acesso à saúde”. A proposta, apresentada por grupos religiosos e a Trillium Asset Management, levantou um tópico muito discutido depois que um executivo sênior foi morto a tiros em Manhattan no mês passado.
Resposta da UnitedHealth
Um porta-voz da UnitedHealth disse que a empresa responderá às propostas dos acionistas para sua declaração de procuração de 2025 assim que apresentar o documento que serve como agenda para sua reunião anual, que ainda não foi marcada. Nos últimos anos, a empresa emitiu sua procuração em abril, antes da reunião anual de junho.
Impacto das práticas da UnitedHealth
O grupo propôs uma análise de como a autorização prévia e as recusas de serviços médicos levam os pacientes a renunciar ao tratamento. “O padrão de atrasos e recusas de cuidados médicos necessários por parte da UnitedHealth e de outras seguradoras prejudica mais do que apenas o próprio paciente”, disse Wendell Potter, presidente do Center for Health & Democracy e ex-executivo da Cigna, em um comunicado enviado em apoio à resolução pelo Centro Inter-religioso sobre Responsabilidade Corporativa.
Caso Brian Thompson
A morte do presidente-executivo da UnitedHealthcare Brian Thompson, em dezembro, galvanizou as críticas às seguradoras de saúde dos EUA, com grupos de pacientes descrevendo atrasos ou recusas de atendimento e acusando as empresas de usar práticas enganosas. Luigi Mangione, 26 anos, que foi acusado de matar Thompson, declarou-se inocente em um tribunal de Nova York em dezembro, depois de receber milhares de dólares em doações públicas logo após sua prisão. Em um comunicado de dezembro, a UnitedHealth disse que aprova e paga, em média, 90% das solicitações médicas enviadas.
Júlio Rossato