Funcionário ganha US$1 milhão ao vencer desafio de Buffett
Prever o resultado de quase todos os jogos da primeira rodada do maior torneio universitário dos Estados Unidos pode parecer missão impossível — e durante quase uma década foi. Mas um funcionário da Berkshire Hathaway finalmente quebrou a escrita e levou para casa US$ 1 milhão (R$ 5,74 milhões) ao vencer o desafio anual promovido por Warren Buffett, CEO do conglomerado.
O concurso interno gira em torno do March Madness, o popular campeonato de basquete universitário masculino organizado pela NCAA, que reúne 68 times em partidas eliminatórias realizadas entre março e abril. Por lá, o evento movimenta não apenas o público, mas também apostas e bolões — inclusive dentro de grandes empresas.
Desde 2016, Buffett desafia seus funcionários a preverem corretamente os resultados da competição. Nenhum participante havia conseguido chegar perto da meta até este ano, quando 12 funcionários acertaram 31 dos 32 confrontos da primeira rodada. A vitória ficou com o colaborador da FlightSafety International, empresa de treinamento em aviação que faz parte do grupo, que registrou 29 acertos consecutivos antes de errar um palpite. Os outros 11 finalistas receberam US$ 100 mil (R$ 574 mil) cada.
Para aumentar as chances de um vencedor, as regras foram flexibilizadas ao longo dos anos. A exigência inicial era acertar os 16 classificados para as oitavas. Em 2024, os participantes puderam ignorar os jogos mais previsíveis, entre cabeças de chave 1 e 2. Neste ano, bastava prever ao menos 30 dos 32 primeiros jogos.
“Me sinto bem por termos acertado o ponto ideal desta vez”, disse Buffett ao Wall Street Journal, acrescentando com bom humor que já não acompanha esportes como antes: “Espero não ter esquecido tanto sobre negócios quanto esqueci sobre esportes.”
O vencedor, que pediu para não ser identificado, impressionou também pelo desempenho posterior: acertou 44 dos 45 jogos seguintes.
Paulo Barros Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas.
Júlio Rossato