Queda nas Taxas de Juros Brasileiras em Reação às Tarifas dos EUA
A tensão da véspera que fez juros brasileiros subirem se traduziu em queda das taxas nesta quinta-feira (3), à medida em que o mercado reage ao anúncio das tarifas recíprocas dos Estados Unidos. O movimento acompanha a aposta de operadores em uma desaceleração na economia americana, o que aumentaria a pressão para cortes mais profundos nas taxas de juros americanas. É o mesmo fenômeno que enfraquece globalmente o dólar, que opera na casa dos R$ 5,60 na sessão. Mercados dos EUA recuam forte em reação às tarifas econômicas de Trump. A possível queda de taxas nos EUA afeta os juros brasileiros por toda a curva, arrefecendo a alta dos últimos dias e fazendo com que o Tesouro IPCA+, título mais pressionado recentemente, se afaste da remuneração de 8% de juro real. O título para 2029 passa a pagar 7,75% na atualização das 11h23, ante 7,96% na véspera. Os papeis para 2040 e 2050 também têm recuos nas taxas, que vão a 7,29% e 7,08%, contra 7,42% e 7,18% na quarta. Queda firme também na remuneração dos prefixados, com o título mais curto, com vencimento em 2028, pagando 14,21% ao ano, contra 14,60% um dia antes; e o de 2032 indo a 14,60%, ante 14,91% na véspera.
Confira as taxas dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto na atualização de 11h23 desta quinta-feira (3):
Paulo Barros Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas.
Júlio Rossato