Diversificação global é recomendada por especialistas
Nos próximos meses, são previstas grandes movimentações na economia global, com possíveis impactos diretos sobre diversos mercados e setores. A trajetória de juros do Federal Reserve (FED), as eleições nos Estados Unidos da América, os novos pacotes de estímulo na China, tensões geopolíticas e a revolução impulsionada pela inteligência artificial estão entre os principais fatores que poderão moldar o cenário de investimentos no mundo.
Para aproveitar as possíveis oportunidades e buscar reduzir os riscos decorrentes de movimentos como esses, um dos caminhos mais recomendados pelos especialistas é a diversificação em escala global e não apenas centralizada no risco de um único país. Ao se limitar ao mercado interno, o investidor brasileiro pode perder a chance de se beneficiar dessas tendências globais que podem impulsionar setores como tecnologia, energia, ou mesmo as grandes corporações americanas, chinesas, entre outras, segundo Paulo Gitz, estrategista global da XP.
Para Gitz, a diversificação global pode ampliar o leque de opções de investimento, bem como pode ajudar a reduzir o risco da posição do cliente, ao equilibrar a exposição a diferentes economias e moedas, proporcionando uma maior estabilidade frente às incertezas do mercado local.
Juros e eleições nos EUA
O estrategista da XP aponta o cenário dos juros nos Estados Unidos como um dos fatores mais importantes para os investidores. Ele lembra que o Fed iniciou um ciclo de corte de juros, impulsionado por sinais de que a inflação americana está convergindo para a meta, embora ainda esteja acima do ideal.
Outro fator que deve influenciar os mercados globais nos próximos meses, ele aponta, são as eleições americanas. Lembrando que as chances dos candidatos Donald Trump e Kamala Harris na corrida presidencial oscilaram bastante nos últimos meses. Segundo ele, no atual momento, segundo pesquisas e sites de análises, o candidato republicano parece ser o favorito.
China, Oriente Médio e IA
O estrategista da XP cita também os pacotes de incentivo à economia anunciados pela China entre os fatores que mais devem impactar os investimentos globais. Gitz diz que, desde o fim da pandemia, o governo chinês vinha adotando “estímulos a conta-gotas”, liberando incentivos de forma muito controlada.
Por fim, o estrategista da XP ressalta a influência crescente da inteligência artificial no mundo dos negócios e nos investimentos. “A IA é um movimento muito mais sólido do que outras tendências recentes que se mostraram passageiras, como o metaverso e as criptomoedas”, ele compara. “IA não é bolha. É uma realidade”. Para os investidores, a cadeia de valor gerada pela IA oferece inúmeras oportunidades de crescimento.
Para aproveitar essas oportunidades globais em um portfólio de investimentos é uma tarefa simples para quem possui a Conta Investimento Global XP, independente do seu nível de experiência com investimentos internacionais, mas sempre de acordo com o apetite de risco de cada cliente.
Júlio Rossato