Conheça a história de Miguelzinho
Miguel de Oliveira, mais conhecido como “Miguelzinho”, foi um policial civil temido e respeitado. Natural de Catuni (MG), ele se mudou para Maringá em 1983, onde construiu sua reputação como um policial rigoroso, sendo frequentemente chamado de “linha dura” e apontado como “matador de bandidos”. Seu visual, sempre marcado por um cavanhaque e bigode característicos, também se tornou sua assinatura.
Em 1992, comandou a operação que culminou na morte de quatro assaltantes no pátio do antigo Hotel Berlin, localizado no centro de Maringá. Na ocasião, a equipe policial chegou à agência do Bamerindus, no bairro “Maringá Velho”, justamente quando os criminosos tentaram fugir. Após uma intensa perseguição, os assaltantes foram mortos no local onde estavam hospedados, conforme registros do projeto Maringá Histórica.
Com sua crescente popularidade, Miguelzinho decidiu expandir sua atuação e, em 1996, se lançou na disputa por uma vaga na Câmara Municipal de Maringá. Durante sua campanha, adotou como símbolo uma “estrela de xerife” e foi eleito pelo PDT, com 1.484 votos. Assim, três anos depois, migrou para o PMDB, buscando novos horizontes políticos.
Em 2000, Miguelzinho planejava se candidatar à reeleição para a Câmara Municipal de Maringá, mas faleceu antes da eleição, no dia 7 de abril, aos 50 anos. Ele deixou sua esposa, Elisete da Silva Oliveira, e duas filhas.
A postura profissional de Miguelzinho
O deputado e delegado José Aparecido Jacovós explicou que trabalhou com Miguelzinho por mais de uma década, compartilhando experiências no enfrentamento da criminalidade em Maringá. “Trabalhei com ele de 1988 a 1994, e logo posso afirmar que, se fosse necessário eliminar um bandido, ele não pensava duas vezes. Mas essa palavra ‘matador’ é para criminosos. Por isso, Miguelzinho sempre agiu dentro da lei, com responsabilidade e ética, buscando sempre fazer justiça”, esclarece Jacovós, destacando a postura profissional e implacável de Miguelzinho diante de situações extremas.
Além disso, Jacovós ressalta que, durante os anos em que trabalharam juntos, resolveram diversos confrontos na cidade. “Trabalhei como escrivão e com ele, como delegado, resolvemos muitos casos juntos – estupros, homicídios, sequestros. Miguelzinho sempre foi um homem de ação, comprometido com a lei, sem perder tempo com conversas com criminosos. Ele sabia o que tinha que ser feito e fazia com precisão”, afirma, lembrando a parceria produtiva entre ambos na resolução de crimes.
Júlio Rossato