Visão para 2025
De acordo com relatório da XP Investimentos, o mercado brasileiro enfrentou dificuldades em 2024, com o Ibovespa apresentando queda de 24% em dólar. As expectativas para 2025 continuam incertas, com inflação em alta e juros elevados, o que coloca em dúvida a recuperação da economia brasileira.
Impactos nos setores
A desaceleração econômica interna, agravada pela deterioração fiscal e pela alta dos juros, impactou principalmente os setores mais cíclicos, como construtoras (-15,6%) e saúde (-11,8%). Os setores de transportes, mineração e siderurgia também são impactados, enquanto bens de capital, alimentos e bebidas e agro são menos sensíveis às taxas de juros, com impactos mais limitados.
Empresas em destaque
Algumas empresas possuem boas perspectivas, como a PetroReconcavo (RECV3), Minerva (BEEF3) e Brava (BRVA3). A Marfrig (MRFG3), Azul (AZUL4) e Braskem (BRKM5) possuem maior alavancagem financeira e devem sentir mais o impacto da alta da Selic.
Projeções
As estimativas de lucro por ação (LPA) para as ações do Ibovespa para os próximos 12 e 24 meses foram revisadas para cima. O crescimento médio do LPA para 2024 está projetado para -1,3%, mas para 2025 a expectativa é de um aumento de 15,7%. O Ibovespa deve crescer 5,1% em 2024 e 14,2% em 2025, segundo projeção da corretora.
Estratégia da XP
Como parte de sua estratégia, a XP ajustou sua carteira de ações, adicionando JBS (JBSS3) e aumentando sua posição em Petrobras (PETR4), com o foco em empresas com receitas dolarizadas e baixa alavancagem, reduzindo sua exposição ao Itaú Unibanco (ITUB4) e retirando Vivara (VIVA3) da carteira.
Júlio Rossato