Crescimento da economia brasileira em outubro
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Embora a economia tenha retraído 0,5% em outubro, quando comparado a setembro, o crescimento no mês comparado ao mesmo mês do ano anterior foi de 5,4%, o maior registrado em 2024, na análise interanual. Isso evidenciaria um aquecimento em relação ao resultado do final de 2023.
Desempenho por setor
A retração no PIB na passagem de setembro para outubro é decorrente do fraco desempenho da agropecuária e de uma estagnação da indústria e dos serviços. No trimestre encerrado em outubro de 2024 ante o mesmo trimestre de 2023, sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 6,0%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida dos investimentos dentro do PIB, teve uma elevação de 10,7% no trimestre até outubro ante o mesmo período do ano anterior, com destaque para investimentos em máquinas e equipamentos, embora a construção e os outros ativos também tenham colaborado positivamente. A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 0,8% no trimestre até outubro ante o mesmo período do ano anterior. Já a importação de bens e serviços aumentou 19,4% no período, com impulso, sobretudo, de bens intermediários.
Comentários
Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB - FGV, ponderou que a queda de outubro é insuficiente para gerar preocupação sobre a atividade econômica e que é necessário aguardar os próximos resultados para avaliar se há uma desaceleração econômica. Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 9,689 trilhões no acumulado do ano, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 17,7% em outubro.
Júlio Rossato