O Google decidiu remover a funcionalidade que exibia a cotação do dólar diretamente em seu buscador. A decisão, tomada nesta quinta-feira (26), ocorre em um momento no qual a ferramenta vinha exibindo informações diferentes da cotação oficial, o que tem confundido usuários e repercutido dentro do mercado financeiro.
No feriado de Natal, dia em que os mercados no Brasil estavam fechados, o buscador dizia que a moeda operava em alta, negociada a R$ 6,35.
As inconsistências chamaram atenção da Advocacia-Geral da União (AGU) que vai ouvir o Banco Central para apurar o caso. O maior valor nominal do dólar em relação ao real foi atingido na quarta-feira da semana passada (18), quando a moeda foi negociada a R$ 6,267, quase R$ 0,10 abaixo da exibida ontem pelo Google.
O Google no Brasil respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que os dados em tempo real exibidos na busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros. "Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações", adiantou a plataforma. As informações sobre cotações são provenientes da Morningstar, empresa que se declara "líder no fornecimento de pesquisa independente de investimentos".
O Broadcast, do Estadão, apurou, que o Banco Central passará os dados à AGU, que teve a iniciativa de se aprofundar sobre o episódio. O relacionamento sobre o caso se dará de forma institucional entre os dois órgãos do governo.
Júlio Rossato