Vice-presidente critica encerramento de checagem de fatos pelo Facebook e Instagram nos EUA
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), criticou a decisão da Meta, dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp, de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos. Para Alckmin, as plataformas digitais precisam agir com responsabilidade e bilionários não podem fazer o que querem. Ele afirmou que a democracia é uma conquista da civilização e que não se pode permitir que o abuso do poder econômico e estruturas econômicas muito fortes prejudiquem os direitos individuais e coletivos da sociedade.
Na visão de Alckmin, as plataformas devem ter recursos impositivos, mas os valores estão muito altos, o que pode criar uma distorção. Ele afirmou que não é possível ter plataformas e órgãos de comunicação de presença global sem responsabilidade e responsabilização. Não se pode desinformar as pessoas, mentir ou difamar e é fundamental que haja responsabilidade, já que o convívio em sociedade tem direitos e deveres. Ele citou Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, dizendo que não é porque alguém é bilionário que pode fazer o que quer.
Apesar de sua preocupação, o vice-presidente se mostrou otimista e previu um crescimento de mais de 4% no PIB do agronegócio brasileiro até 2025. Ele também elogiou a declaração do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que afirmou que as big techs devem respeitar a legislação do país para continuar operando no Brasil. Alckmin defendeu a regulamentação da questão das fake news pelo Congresso Nacional e a postura do Judiciário em defesa da sociedade. Ele afirmou que a checagem de fatos era fundamental para informar o público e que o encerramento dela é um retrocesso.
Júlio Rossato