Índices Futuros dos EUA em Baixa - Economia Global Incerta
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta sexta-feira (21), refletindo a crescente incerteza sobre a economia global. Investidores seguem cautelosos diante das preocupações com tarifas e do impacto dos resultados corporativos no mercado. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a implementação de tarifas recíprocas amplas e medidas adicionais para setores específicos a partir de 2 de abril, elevando os riscos para o cenário econômico mundial.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, retorna ao centro das atenções nesta sexta-feira, enquanto no exterior os mercados voltam o foco para nova rodada de tarifas dos Estados Unidos. Com agenda em São Paulo nesta sexta, Haddad participa pela manhã de reunião presencial do Comitê de Líderes da MEI (CNI). À noite, a partir das 19h, ele fala ao Podcast Inteligência LTDA ao vivo. Haddad falou diversas vezes na quinta-feira sobre temas como política monetária, reforma do Imposto de Renda, economia, Orçamento e política comercial com os EUA. Ainda na pauta nacional, Hypera (HYPE3), Petz (PETZ3), Cyrela (CYRE3) e Automob (AMOB3) realizam conferência com analistas sobre resultados. No exterior, investidores encerram uma semana marcada por reuniões de bancos centrais, com Federal Reserve, Banco do Japão e Banco da Inglaterra mantendo as taxas de juros inalteradas. O foco agora se volta para os detalhes das tarifas recíprocas que o governo dos EUA pretende anunciar em 2 de abril. (Reuters)
Investidores em Wall Street agora projetam que o Federal Reserve não vai fazer movimento algum antes que as autoridades monetárias vejam o impacto dos planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump. A isenção tarifária sobre importações selecionadas do Canadá e do México expira em 2 de abril e ainda há muita incerteza dos desdobramentos. “Os mercados em alta não morrem de velhice. Eles morrem de medo, e o que eles mais temem é a recessão”, disse à CNBC Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA Research. “Não estamos caminhando para uma recessão, mas ainda não sabemos, por causa das tarifas, o que exatamente vai acontecer”.
O dólar encerrou uma sequência de sete baixas seguidas diante do real. O movimento foi na mesma direção da divisa norte-americana no resto do planeta, que na comparação com as principais moedas do mundo fez o índice DXY ficar com mais de 0,37%, aos 103,81 pontos.
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Júlio Rossato
