Taxas dos DIs fecham em baixa após dados do IPCA-15
As taxas dos DIs fecharam em baixa nesta quinta-feira, de mais de 10 pontos-base em alguns vencimentos, com dados melhores que o esperado do IPCA-15 servindo de gatilho para retirada de prêmios na curva a termo, após a pressão de alta dos últimos dias trazida pelo programa de estímulo ao empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado lançado pelo governo.
No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 — um dos mais líquidos no curto prazo — estava em 15,055%, ante o ajuste de 15,153% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 marcava 14,98%, em baixa de 15 pontos-base ante o ajuste de 15,132%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 14,93%, ante 14,968% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 14,94%, ante 14,947%.
No início do dia o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15, considerado uma prévia do índice oficial de inflação, subiu 0,64% em março, após alta de 1,23% em fevereiro. Além de desacelerar, o indicador ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com economistas, de alta mensal de 0,70%. Nos 12 meses até março, o IPCA-15 avançou 5,26%, um pouco abaixo da projeção de 5,30%.
A abertura do índice também mostrou alguns dados favoráveis. A média dos núcleos de inflação ficou em 0,47% em março, conforme cálculo do banco Bmg, ante expectativa de 0,52% da instituição. Já o índice de difusão foi de 61,0% em março, abaixo dos 65,1% de fevereiro.
Os núcleos são medidas de inflação que excluem itens mais voláteis, enquanto o índice de difusão revela o percentual de produtos que subiram de preço no período.
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Júlio Rossato