Fenômeno La Niña volta ao Oceano Pacífico
O fenômeno meteorológico La Niña está de volta ao Oceano Pacífico, após um início atipicamente tardio, e deve ter sua declaração oficial pela NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos) em breve. As informações são do site especializado MetSul Meteorologia, que afirma que a confirmação pode ocorrer ainda esta semana ou no início de janeiro.
La Niña
A La Niña é caracterizada por um padrão de resfriamento das águas do Pacífico tropical, com temperaturas superficiais pelo menos 0,5 °C abaixo da média de longo prazo. Para que o fenômeno seja declarado, é necessário que tanto as condições oceânicas quanto as atmosféricas apresentem mudanças significativas.
Efeitos no Brasil
Os efeitos da La Niña no Brasil devem ser sentidos já em janeiro de 2025, com uma expectativa de redução das chuvas e déficit de precipitação em regiões do Sul do país, enquanto o Nordeste pode experimentar um aumento nas precipitações. Segundo a MetSul, a situação pode levar a períodos prolongados de chuvas irregulares e abaixo da média, especialmente no Rio Grande do Sul, o que pode impactar a agricultura local.
Previsão
A previsão é de que este evento de La Niña seja curto e fraco, com duração estimada entre três a cinco meses, diferentemente do evento anterior, que se estendeu de 2020 a 2023. As probabilidades indicam que, durante o trimestre de verão (dezembro a fevereiro), há 72% de chance de La Niña, enquanto as estimativas para o trimestre de janeiro a março de 2025 são de 63%.
Júlio Rossato