Estudo descobre relação entre medicamento para insônia e risco de Alzheimer
Um novo estudo sobre a relação entre o sono e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, traz um alerta para pessoas que usam um medicamento comum para insônia, o Zolpidem.
Pesquisadores das Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, e da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que o Zolpidem impede os processos de eliminação de resíduos tóxicos do cérebro, um fator de risco para o desenvolvimento das demências.
Em um experimento com camundongos, os cientistas observaram que o medicamento para insônia suprime o sistema glinfático — uma rede que liga todo o cérebro, responsável por remover resíduos de proteínas, incluindo amiloide e tau, associadas a doenças neurodegenerativas.
O estudo foi publicado este mês na revista Cell.
“A pesquisa chama a atenção para os efeitos potencialmente prejudiciais de certos auxílios farmacológicos para dormir na saúde do cérebro, destacando a necessidade de preservar a arquitetura natural do sono para uma função cerebral ideal”, afirma a principal autora do estudo, Maiken Nedergaard, em comunicado à imprensa.
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Júlio Rossato